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segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

MAIS UM ESPETÁCULO...

  

       Representantes de 192 países se reuniram na Conferência de Copenhague, em busca de mais um acordo global para menos emissão de CO2, e por incrível que pareça esse encontro gerou mais emissão de gás carbono do que qualquer outra conferência já feita. O que é possível perceber é que desde a ECO-92 as emissões mundiais aumentaram 30%. O Protocolo de Kyoto, primeiro tratado internacional com o objetivo de reduzi-las, adotado em 1997 e que entrou em vigor em 2005, gerou compromissos (não cumpridos por muitos países), e que até hoje apenas ficaram no papel.

       Na verdade os governantes que lá estiveram simplesmente disseram: dane-se a natureza e o resto do mundo. Nós vamos decidir esse negócio!
O único que ergueu a voz, solitária, como um “louco” numa sociedade de “sábios”, foi o presidente Evo Morales: “Ou superamos o capitalismo ou ele destruirá a Mãe Terra”.
       A preservação do meio ambiente não gera lucros, portanto não é importante para a maioria dos governantes capitalistas, com isso, não há acordos possíveis. Vão investir bilhões para solucionar alguns problemas ambientais, o que nos preocupa é quem vai administrar fora os desvios de verbas que provavelmente irão acontecer.
       O que temos que pensar é o que realmente é necessário para a nossa vida, se isso afetará aqueles que esperam lucrar, com certeza nos faremos entender.
       Precisamos ter consciência que temos que começar em nossa casa, com nossos filhos, desde a separação do lixo, a economia da água e da energia. Pois ensinamos isso na escola diariamente, todos os anos as escolas fazem projetos ambientais.
       Infelizmente os países mais desenvolvidos que vivem a protelar (adiar) as leis para combater esse gás tão prejudicial ao meio-ambiente, usam da demagogia; enquanto isso o efeito estufa continua a aquecer o Planeta. Tudo em nome do consumo, do progresso do conforto imediato. Agora o Futuro, bem esse parece, que aquela frase popular volta à tona: "Só a Deus Pertence". O Homem está fazendo muito pouco por Ele!
       O que nós podemos avaliar de tudo isso? Que muito se fala e nada é feito. Os interesses financeiros estão acima de qualquer acordo, onde os países não abrem mão do seu poderio mundial. O que aconteceu é que mais uma vez jogaram a responsabilidade para o povo. Como se somente nós fossemos culpados. As pessoas que lá estiveram não souberam o que fazer.
       O que ficou provado para todos nós é que cada um tem que fazer a sua parte. Apenas isso. Mudar nossos hábitos e acreditar que o mundo pode ser melhor, se ficarmos esperando decisões de governantes estaremos apenas vendo “a banda passar”.
      Há muitas coisas que precisam ser revistas e realmente colocadas em prática. Não adianta fazer conferência e não mudar nada. Acordos são feitos, mas não totalmente realizados. E como diz aquela atriz global: ”É a treva”.

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