No último dia 24 de setembro, professores, funcionários
da saúde e outros, participaram do Fórum Municipal pelo Fim da Violência e
Exploração Sexual Infanto Juvenil, ministrado pela psicóloga, assistente social
e enfermeira: Marli Olina de Souza.
O que pude absorver da palestra é que hoje em
dia é fundamental que o professor tenha um olhar clínico sobre os alunos, desta
maneira ele poderá perceber se as crianças têm problemas
comportamentais que podem ser indicadores de fracasso iminente. Entre esses comportamentos são: atraso
no desenvolvimento da linguagem, atraso no desenvolvimento da
leitura,agressão,violência,isolamento social, abuso sexual e de substâncias, o
comparecimento irregular e depressão.
Em
termos de medidas preventivas, podemos como professores, ensinar as crianças limites saudáveis para que eles saibam que ninguém começa a tocar manipular ou
olhá-los de uma maneira que faz com que se sintam desconfortáveis. E nós podemos ajudá-los a desenvolver
uma boa percepção, para que passem a confiar em
seus próprios sentimentos, como a sensação de medo no estômago ou o batimento
cardíaco rápido, alertando-os de que algo está errado e do que eles precisam
para sair e pedir ajuda. Podemos
também informar melhor as crianças sobre a violação sexual em geral, por exemplo,
podemos ensinar a criança o que dizer e fazer, e oferecer oportunidades para
praticar o seu direito de dizer “não”.
Há muitas razões compreensíveis porque as crianças não procuram
ajuda no momento do abuso. Abusadores
muitas vezes assustam as crianças, ameaçando retaliar ou insinuando que ninguém
vai acreditar. O agressor também
pode confundir a criança, o que implica que o abuso é culpa da criança.
O que qualquer pessoa pode fazer se perceber
ou desconfiar de abusos contra crianças é ligar para: O
Disque 100 funciona diariamente, das 8 às 22h, inclusive nos finais de semana e
feriados. Qualquer pessoa pode utilizar o serviço: adultos, crianças e
adolescentes é garantido o anonimato. Ou pelo site: http://www.safernet.org.br/site/denunciar.
Fernando Pessoa escreveu: ”Tudo o que dorme é
criança de novo. Talvez porque no sono não se possa fazer mal, e se não se dá
conta da vida, o maior criminoso, o mais fechado egoísta, é sagrado, por uma
magia natural, enquanto dorme. Entre matar quem dorme e matar uma criança não
conheço diferença que se sinta”.