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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

RECREAÇÃO EM FAMÍLIA


Sentar em frente de casa, num final de tarde, esquecendo-se do tempo numa conversa gostosa. Passear pela cidade, sem nenhum compromisso, encontrando-se e descobrindo-se na natureza. Juntos, preparar uma refeição. Montar um quebra-cabeça ou jogar bola. Fazer um piquenique, receber amigos. Momentos como estes, de lazer, descontração e divertimento, fazem parte da vivência familiar, enriquecendo, alegrando e unindo as pessoas.
No entanto, o aproveitamento alegre e enriquecedor dessas horas de lazer não acontecem por acaso, de repente. Como em qualquer área de atividade humana, há um processo a ser desenvolvido e aprendido. Se os momentos de recreação exigem descontração e espontaneidade, isso não significa improvisação e irresponsabilidade. A família pode treinar-se para um melhor aproveitamento do tempo livre, criando uma disponibilidade interior em cada momento, desenvolvendo o hábito de lazer, juntos, coisas que enriquecem e dão prazer a todos.
Hoje em dia, os membros de uma mesma família têm, por exemplo, muito pouco tempo para se encontrar. A sociedade absorve as pessoas tanto pelo trabalho, quanto pela escola e, às vezes, por terem experiências diversas fora de casa, adquirem características tão diferentes que provocam conflitos ao serem manifestadas no meio familiar.
Acredito que o trabalho, a escola e qualquer outra interferência externa podem trazer elementos enriquecedores para a família, não se configurando necessariamente como ameaças ao lazer entrosado. Quando o ambiente familiar é sadio e amigo, as pessoas sentem grande prazer e gratificação em estarem juntas, e cada uma se esforça no sentido de transformar as horas em comum em agradáveis encontros. Nesse clima, as dificuldades e divergências não impedem a alegria e a felicidade da convivência.
Dar importância aos domingos, aniversários, datas comemorativas é uma forma de humanizar as relações e abrir espaços para a descontração. Brincadeiras, conversas, passeios, festas permitem a aproximação das pessoas, acostumando-as a descontraírem-se e a gostar da companhia mútua, através do entretenimento comum.


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