O direito à comunicação é um dos direitos humanos. Mas quando se pergunta sobre o que significa direito à comunicação, a maioria pensa que significa o direito a ser informado, ou a ligar o canal de TV que quiser, ou a trocar de estação de rádio quando se quer. Mas isso é apenas uma parte mínima.
Direito à comunicação significa, principalmente, o direito de cada um pronunciar a sua palavra, ouvir sua voz, escrever seu pensamento. Temos o direito a uma comunicação ativa e não apenas passiva. Temos direito de sermos sujeitos e não apenas objetos da comunicação. Isso é fundamental. Passamos a vida apenas ouvindo, vendo. Mas para a escola chamada TV todo mundo fica “ligado”: pais, avós, netos, filhos: assistem 7 dias por semana, 52 semanas por ano, e durante a vida toda. Mas diante da TV a pessoa está muda, só recebe. Ela acaba sendo o que os outros (os que têm o meio de comunicação) querem que ela seja. Ela acaba perdendo a liberdade.
A gente aprende a se comunicar praticando a comunicação. Aprende-se a falar, falando. A escrever, escrevendo. Nesse sentido, é imprescindível que cada escola possua o seu meio de comunicação. Que seja um microfone, onde se fala e escuta a própria voz. É ai que seus alunos aprendem a ser sujeitos, praticar a comunicação. É preciso que os alunos digam com sua palavra.
Numa era como a nossa, em que a comunicação faz a realidade, em quem detém a comunicação detém o poder, ninguém pode prescindir desse direito. Isso vale também para a família, para os grupos religiosos, para as associações de bairros, para a comunidade em geral.
Se examinarmos nossa história, veremos que os meios de comunicação alternativos, foram durante muito tempo reprimidos. Se os donos do poder, não podiam silenciá-los na origem, impedindo que os jornais publicassem determinadas notícias, eles os reprimiam na distribuição. Atualmente essa censura é mais sofisticada, pois ela deve ser feita pelos próprios donos dos meios de comunicação, é a censura interna e hoje temos a liberdade de expressão.
Em todos os aspectos da vida, fazer-se entender, ou seja, comunicar-se com o outro de maneira inteligível, é importante. Isso acontece nas relações entre amigos, familiares e também no campo profissional. Em qualquer emprego, por exemplo, os funcionários são constantemente cobrados para conversar com o chefe. E, por sua vez, o chefe precisa transmitir suas ideias de maneira clara e eficiente aos subordinados, fazer apresentação para outros executivos, apresentar um projeto ou produto. Enfim, a capacidade de comunicação de todos está sempre sendo posta à prova.
A falta de comunicação está deixando as pessoas completamente isoladas, cheias de solidão. E, por mais contraditório que possa parecer, maioria está perdendo o poder da comunicação. O mundo não tem tempo para ensinar. Nós que precisamos correr atrás.
Ser uma pessoa mais comunicativa é treino, e quanto mais você treinar, mais vai tornar o processo natural. Mas force para falar, e não apenas fazer uma pergunta e ficar ouvindo as respostas.
Bom, esta é uma das formas que eu vejo de trabalhar sua comunicatividade. E para ter mais assunto para conversar com as pessoas, é muito bom ler um ou mais jornais e revistas constantemente. Livros e cinema também são boas fontes de longas conversas. Saber se comunicar é fundamental. E fácil! Difícil é comunicar-se com assertividade praticando a empatia. Isto requer habilidades que nem todos nós nascemos portadores ou que o ambiente nos tenha estimulado. Então precisamos desenvolvê-la. E o caminho nós já sabemos: treinamento.
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