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quarta-feira, 14 de abril de 2010

INCLUSÃO SOCIAL


          Fico me perguntando,quando não haverá mais discriminação e as pessoas com deficiência estiverem em pé de igualdade com o restante dos cidadãos no acesso ao ensino e formação profissional, ao emprego, à cultura e ao lazer?
          Quando vão poder deslocar-se livremente, e tiverem acesso a vagas para carros adaptados, transportes coletivos? Quando... Eu poderia continuar com os “quandos” por mais algum tempo, mas acho que não vale a pena. O que já existe é muito pouco. Será quem em 2016 quando o Rio irá sediar as Paraolimpíadas, a cidade estará adaptada? E o restante das cidades brasileiras?
         Não podemos confundir inclusão com caridade. É muito fácil tentar incluir pessoas na sociedade, mas e as condições são oferecidas?A falta de transporte digno impede a pessoa de ser cidadã. Impacta diretamente na sua vida profissional, na sua vida social, ela não tem direito de ir a um médico, ela não consegue chegar a um hospital, ir a um consultório fazer um tratamento ambulatorial, ela fica literalmente ilhada dentro de casa.
         Falo aqui de uma estrutura física como salas adaptadas, rampas, banheiros e outras coisas essências. Não me refiro aqui somente das escolas, mas sim de todos os segmentos que compõem uma sociedade.
         Quando queremos incluir alguém precisamos estar preparados para isso. Precisamos observar a forma que nossa sociedade está organizada, pois os responsáveis pelos serviços prestados são sempre dificultados por inúmeras razões.
Jamais poderá haver inclusão se a sociedade escolher os que poderão ser incluídos. Além disso, é preciso urgentemente contratar pessoas especializadas ou começar a preparar pessoal que trabalhem com essas pessoas.
         Os concursos públicos já abriram cotas para os portadores de deficiência para cargos que exigem aptidão plena, mas nem sempre isso é respeitado. Alías já acho um absurdo o sistema “cotas” nos concursos, vestibulares, novelas. Pensando bem quem são os preconceituosos? Mas quem depende das cotas ou resolve disputar vagas com pessoas sem deficiência garante que a discriminação ainda é o maior obstáculo para a inclusão do deficiente físico no mercado.
         O trabalho hoje em dia dá condições de atuar em muitas funções diferentes, na verdade, as pessoas são polivalentes, mas não basta contratar e depois isolar dos demais. É preciso dar condições de trabalho. Muitas vezes as empresas desconhecem as limitações das deficiências. O salário não poderá ser diferenciado, pois se ele está ali é porque ele pode produzir igual aos demais.
          É preciso tornar essas pessoas participantes da vida social, econômica e política. Assegurando o respeito e dignidade que precisam. Apesar das diferentes formas que a discriminação adquire, todos os deficientes experimentam um fato em comum: a opressão pelo corpo. Tal fato deve ser tratado como uma questão de justiça social, sendo reparado, prevenido e, num futuro, excluído por meio de políticas sociais e medidas que asseguremos direitos daqueles que a sociedade muitas vezes esquece e não ampara

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