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segunda-feira, 13 de junho de 2011

ENSINAR PORTUGUÊS PRA QUE?

        
         O livro “Por uma vida melhor”, da coleção: Viver e Aprender de Heloisa Ramos e outros autores geraram muita polêmica entre os professores de língua portuguesa.
         Neste “trecho do livro:” A classe dominante utiliza a norma culta principalmente por ter maior acesso à escolaridade e por seu uso ser um sinal de prestígio. “Nesse sentido, é comum que se atribua um preconceito social em relação à variante popular, usada pela maioria dos brasileiros.”
         Um erro gravíssimo é dizer que a classe dominante utiliza a norma culta, não foi o que ouvimos nos últimos anos e se ouve por aí.
         No conteúdo do livro, a concordância quanto ao número, ou seja, o emprego do “s” nos plurais é uma questão de escolha no âmbito da oralidade. Tanto dizer “nós pega o peixe”, quanto “nós pegamos o peixe” são formas adequadas de expressão, na avaliação do MEC.
         Discordo quando se diz que o aluno pode optar pela culta ou popular nos exemplos "Nós pega o peixe" e "Os menino pega o peixe", uma vez que eu não consigo imaginar essas situações.
Evanildo Bechara, autor da Moderna Gramática Portuguesa, afirmou que o aluno não vai para a escola “para viver na mesmice” e continuar falando a “língua familiar, a língua do contexto doméstico”, mas para se ascender a posição melhor.
         Para Ana Maria Machado: Pode haver "malabarismos linguísticos", mas dentro de um contexto. E para o professor Sérgio Nogueira: É um absurdo. O ensino já está tão ruim. Trata-se de um incentivo ao desvio da norma.
         Em minha opinião, uma coisa é falar sobre variações linguísticas, como em mandioca (no Sul) e macaxeira (no Nordeste). Agora outra é querer dizer que "Os pato está no lago" é correto.
          Se os alunos falam palavras erradas, a maneira encontrada foi fazer com que todos falem errado? Não seria mais prático, mais correto, ensinar todos a falarem certo?
          Com certeza devemos respeitar os regionalismos, mas ensinar corretamente é obrigação da escola independente do lugar onde mora. Se for assim, no próximo ENEM, alunos de cada região poderão escrever como falam. A redação não terá mais importância, tendo em vista que cada um pode escrever o que quiser.

Um comentário:

  1. Quando deixamos que cada um faça com quer é como andar de carro sem o volante, o carro vai para onde ele deseja, é como soltar um cavalo bravo no meio da praça.

    Onde temos mais de duas pessoas juntas, deve haver regra, infelizmente não é assim que o governo pensa.

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