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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

A DOR DA REPROVAÇÃO

       
        Quando o filho repete o ano escolar, muitos pais entram em pânico, sem saber que atitudes tomar. Nessa hora, o importante é não perder a cabeça. O diálogo pode ser um bom expediente na busca de soluções.
       “Meu filho é inteligente, perfeito e saudável”. Por que repetiu o ano? Esta é a pergunta que milhares de pais se fazem no final de cada ano letivo, quando veem confirmados os prognósticos que a escola e eles já haviam feito no decorrer do ano.
         Não é fácil para os pais assumirem esse aparente fracasso dos filhos, e a reação ao fato se dá de várias maneiras: como castigos, chantagens ou então os sufocando de tal forma com sua ansiedade, que obtêm o efeito contrário daquilo que desejam.
         A maioria dos pais, quando seus filhos nascem, começam a sonhar um futuro brilhante para os filhos, geralmente ligado a uma profissão. As bases para sua concretização começam a ser colocadas na escola, daí o golpe que sofrem quando o filho fracassa. É natural que as expectativas façam parte da vida, e as fantasias com relação ao futuro povoem a cabeça dos pais. Mas entre o sonho e a realidade existe um ser que exige atenção, cuidados e acompanhamento, atitudes muitas vezes relegadas a segundo plano, quando não esquecidas. Muitos pais só lembram de cobrar e exigir, jamais de acompanhar o filho, achando que, por estar na escola, esta é obrigada a suprir todas as carências do filho.
         Na tentativa de acertar muitos pais, especialmente os que mantêm os filhos em escolas particulares, que pesa bastante no orçamento familiar, fazem de tudo para reverter à situação. Então contratam professores particulares poucos dias antes dos exames finais. Os resultados muitas vezes são desastrosos, pois a criança ou o jovem é pressionado a aprender tudo o que não conseguiu o ano todo em poucos dias.
          Responsabilidade, respeito e disciplina. Três princípios básicos que os pais devem incutir nas crianças desde pequenas. Muitos jovens repetem o ano porque são “malandrinhos” mesmo, este precisa de pulso forte e de firmeza o que está faltando em muitos pais hoje. “Ninguém dá o que não tem ou não recebeu”.

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