Todos gostam de pensar que somos bons ouvintes, mas quantas vezes não passamos de oradores ou “ouvidores” ao invés de sermos ouvintes?
Ouvimos, mas não entendemos. Significa que somos bons comunicadores. Sim, como é que a gente pode se comunicar sem ouvir? Sabemos que pensamos mais rápido do que falamos. È aí que surge o problema. Nossa atenção se desvia facilmente e apenas captamos cerca da metade do que ouvimos.
A coisa fica pior quando encontramos pela frente uma pessoa com cara de sexta-feira, mal humorado, que não nos olha quando fala que não tem tempo de perder tempo conosco. Então o negócio engrossa e não escutamos mais, e interpretamos tudo errado. O dito fica pelo não dito e a comunicação é distorcida. Isso também acontece no trabalho, porque fomos ouvidores e não ouvintes.
A maioria das pessoas é levada a acreditar que fazer sucesso socialmente depende da capacidade de impor sua conversa. Mas não é nada disso. Um bom ouvinte é tão bem-vindo a uma festa quanto à chuva em tempo de seca. Todos precisam de ouvintes. Se alguém nos ouve com atenção, nos sentimos como se fossemos as pessoas mais interessantes do mundo.
Estamos sempre prontos a fixar critérios do que é certo ou errado e a julgar as pessoas. E porque julgamos ao invés de ouvir, cortamos as linhas de comunicação. Na maioria das vezes a comunicação é bloqueada porque não há ouvintes, há oradores. Ouvir é um ato de carinho. É participar das experiências do próximo, dos problemas de sua da nossa família das angústias do nosso companheiro de trabalho. Ouvir é fugir do isolamento de nossas personalidades ilhadas e tocar em terra firme das reações e relações humanas.
Portanto, ouvir pessoas, uma boa música nos ajuda muito. Precisamos desse tempo, pois sempre alguém vai nos cobrar com a seguinte frase: ”Eu falei para você, mas você não quis me ouvir”. Na prática, aprender a ouvir requer paciência, disciplina e autocontrole, o que não é fácil. Mas, sabemos que a única maneira de mantermos pessoas ao nosso lado é ouvindo o que elas têm a dizer.
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