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sábado, 24 de março de 2012

SOU O DIA DE HOJE...




Sou o dia de hoje a espera do amanhã
Sou a rima mal feita no poema rabiscado
Sou o sopro do vento na quietude do tempo
Sou a alma errante que vaga sem destino
Sou filha do tempo que não espera ninguém
Sou a quietude da noite sem estrelas
Sou o reflexo do espelho que me olha indagativo
Sou o rastro deixado na terra molhada
Sou retalhos de vida que foram juntados
Sou quem grita, chora e ri
Sou a que questiona
Sou a mulher sem medo do futuro
Sou razão e emoção
Sou a palavra sincera no olho no olho
Sou a mulher que acredita e luta pelos seus ideais
Sou apenas aquilo que a vida me fez
Sou o dia de hoje a espera do amanhã.

quarta-feira, 21 de março de 2012

ERA UMA VEZ...


   
           Era uma vez um país não muito distante daqui, onde as leis eram feitas para poucos cumprir. As prisões eram superlotadas e os presos não tinham ocupação, quando saiam dali voltavam para a marginalização.
            O governo se preocupava muito com a educação enchia as salas de aula, até oferecia inclusão, mas os professores não tinham formação e viviam angustiados por não saberem lidar com a situação.
       As praças ficavam cheias de drogados e marginais tiravam toda beleza das cidades, com isso a população procurava outros locais para recreação.
      Os políticos em época de eleição subiam nos palanques e prometiam a população, saúde e educação, o povo coitado até hoje cobra uma solução.
         Os hospitais eram superlotados pessoas se empilhavam para serem atendidos, muitos morriam sem atendimento e não havia solução.
       Os jovens saiam em busca do emprego tão sonhado, mas na hora da contratação eram barrados, pois não tinham experiência na profissão.
       Se um pobre pai roubava um litro de leite para seu filho tomar (mesmo isso não sendo certo) era preso e não tinha como se explicar, no entanto se um político roubava milhões do povo vivia livre para sua grana gastar.
         Nesse país quando alguns jovens andavam de ônibus, puxavam a cordinha para o coletivo parar e ninguém descia, tantas vezes aconteceu que o motorista teve que a polícia chamar.          
       Mas nesse país também havia pessoas que se importavam e saiam nas ruas com caras pintadas exigindo maior atenção, em alguns casos deram certos outros não.
      E o tempo foi passando e pouca coisa mudava infelizmente o povo se acomodava, pois não tinha mais esperança de lutar pelos seus ideais.
      As pessoas foram envelhecendo uns com seus sonhos desfeitos outros pararam de sonhar, sem razão para lutar. Seus filhos e netos talvez lutem por eles e farão desse país mais justo, mais nobre de se viver. Infelizmente nesse país as pessoas não foram felizes para sempre.
    Assim termina a história desse país imaginário, qualquer semelhança é mera coincidência. Graças a Deus lemos isso somente em histórias de Era uma vez... Pois se fosse realidade com certeza nada disso aconteceria, pois no meu país tudo é perfeito.

 Maristela